sexta-feira, 11 de abril de 2014

SEMANA SANTA - SÉCULO XXI



Origem da Semana Santa 

Nos primórdios da Igreja, a primeira preparação para o "Tríduo Pascal", que hoje é a Semana Santa, provavelmente tenha consistido em celebrar a Paixão de Cristo a partir do domingo que a precede, o Domingo da Paixão, que hoje é o Domingo de Ramos. Esta tradição verificou-se na Igreja de Alexandria já no século III. Posteriormente, o Domingo da Paixão in palmis, ou Domingo de Ramos, passou a ser celebrado a partir de um costume popular do século V, em Jerusalém. Na tarde do domingo acontecia uma procissão solene para comemorar a entrada de Jesus na Cidade Eterna. A celebração do Domingo de Ramos já estava presente no sacramentário gregoriano (século VI-VII). A partir da celebração do Domingo de Ramos, até o Sábado Santo, toda a Igreja vive a Semana Santa, que tem como centro o Mistério Pascal de Jesus Cristo.

Domingo de Ramos (Domingo da Paixão) - início da Semana Santa


O Domingo da Paixão, que no Novo Missal Romano passou a chamar-se Domingo de Ramos por causa da procissão de entrada, que recorda a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, é a abertura solene da Semana Santa. A partir desta celebração, escutaremos o relato da Paixão segundo variados textos da Sagrada Escritura. A finalidade desta celebração é a preparação imediata para a Páscoa, por isso, no Domingo de Ramos se proclama o Evangelho da paixão de Jesus Cristo. De acordo com a tradição, na Semana Santa proclama-se os textos referentes ao mistério pascal de Cristo, conectando essas celebrações com a Sexta-feira da Paixão.

Quinta Feira Santa - Santa Missa Crismal (Santos Óleos) - fim da Semana Santa

Na Quinta-feira Santa, celebra-se em todas as dioceses a Santa Missa Crismal, ou Missa dos Santos Óleos. Nesta celebração, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
  • Óleo do Crisma - Mistura de óleo]] e perfume, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento do Batismo, depois da imersão nas águas do batismo, o batizado é ungido na fronte, no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento da Ordem, para ungir os "escolhidos" que anunciarão da Palavra de Deus, conduzindo e santificando o povo através do ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
  • Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os fiéis que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da efusão da da imersão na água. Este óleo significa e realiza a libertação do mal. A força de Deus, que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. A cor que o representa é vermelha.
  • Óleo dos Enfermos - Usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa e realiza a ação da força do Espírito de Deus na provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar os sofrimentos. Além do fortalecimento espiritual, a unção dos enfermos é um sacramento de cura do corpo, não somente para doentes terminais, mas para as pessoas que sofrem com enfermidades, que vão passar por cirurgias ou que estão se recuperando destas. O Óleo dos Enfermos é representado pela cor roxa.

Missa da Ceia do Senhor - início do Tríduo Pascal

Nas vésperas da Sexta-feira da Paixão, na Quinta-feira Santa tem início o Tríduo pascal, com a celebração da Missa da Ceia do Senhor. Nesta celebração, vivemos o momento sacramental deste mistério, atualiza-se, torna-se presente a realidade pascal ao longo de todos os séculos. No rito da Ceia do Senhor, que Jesus mandou celebrar em sua memória, Ele nos ofereceu o sacrifício pascal. Esta celebração litúrgica não é primitiva, talvez porque a tradição antiga tenha posto a instituição da Eucaristia e o início da Paixão na Terça e na Quarta-feiras Santas. Somente a partir dos séculos IV e V passou-se a celebrar a Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa. O rito do "lava-pés", que anteriormente era complementar, com a atual reforma passa a fazer parte da celebração da Ceia do Senhor, depois da proclamação do Evangelho e da homilia. Este rito ajuda a compreender a importância do mandamento do amor para os cristãos.
Depois da celebração da Missa da Ceia do Senhor, o altar é desnudado. A desnudação do altar é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela paixão e morte de Jesus. O rito atual é realizado de modo muito simples, após a Santa Missa, em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes. O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.

Sexta Feira da Paixão

A Sexta-feira Santa não é dia de pranto e de luto, mas de silenciosa e amorosa contemplação do sacrifício cruento, com derramamento de sangue, de Jesus Cristo, fonte de nossa salvação. Nela a Igreja celebra a morte vitoriosa de Jesus Cristo sobre a morte. O elemento fundamental e universal da liturgia deste dia é a proclamação da Palavra de Deus, visto que a Igreja, por antiquíssima tradição, não celebra a Eucaristia neste dia. O rito da celebração da Paixão do Senhor é composto de três partes: a liturgia da Palavra, a adoração da Cruz e a comunhão eucarística.

Sábado Santo

O Sábado Santo foi sempre, pelo menos desde o século II, dia de jejum pleno e alitúrgico, no qual não é celebrada a Eucaristia. Nesse dia, venera-se o repouso de Jesus no sepulcro, a sua descida aos infernos e o seu misterioso encontro com todos aqueles que esperavam que se abrissem as portas do Céu (cf. 1 Pd 3, 19-20; 4, 6). No Sábado Santo, a Igreja permanece ao lado do sepulcro do Senhor, meditando sua paixão, abstendo-se da Missa até a solene Vigília Pascal, ou espera noturna da ressurreição do Senhor Jesus Cristo.

Vigília Pascal

A Vigília Pascal é uma das liturgias mais ricas em conteúdo e simbolismo que a Igreja celebra. O núcleo de todo o ano litúrgico, de que nasce qualquer outra celebração, é a Vigília Pascal, que culmina na oferta do sacrifício de Jesus Cristo no altar da Cruz. Segundo antiga tradição da Igreja, esta é uma noite de vigília em honra do Senhor (cf. Ex 12, 42). Os fiéis, como recomenda o Evangelho (cf. Lc 12, 35ss), devem esperar como os servos, com as lamparinas acesas, o retorno do Senhor, para quando Ele chegar os encontre em vigília e os convide a sentar-se à mesa.

Domingo de Páscoa - fim do Tríduo Pascal

A partir dos séculos IV e V surgem os primeiros testemunhos da celebração eucarística do Domingo de Páscoa, ou Domingo da Ressurreição. A liturgia deste dia celebra o acontecimento pascal como dia de Cristo, o Senhor. A liturgia da Palavra contém o querigma pascal e a recordação dos compromissos da vida nova em Jesus ressuscitado, que acentuam o valor da celebração da Pascoa, que faz o fiel entrar, por sua participação, na condição de vida nova em Cristo.
Jesus Cristo comunica ao mundo, pela sua vitória sobre a morte e o pecado e por sua ressurreição, o seu Espírito de vida que muda o coração do homem, Espírito de liberdade que redime a humanidade das raízes mais profundas de suas escravidões, pois redime do pecado. Esta é a verdadeira libertação pascal realizada por Jesus Cristo.

E HOJE?  A SEMANA SANTA VIROU ALVO DE ESPECULAÇÃO COMERCIAL

O povo perdeu a noção do significado religioso e aproveita o feriado para viajar e visitar parentes e amigos. A data não tem mais os fins religiosos, em vez de jejuns, a ceia é farta e compartilhada. O vinho é utilizado como bebida para diversão e as pessoas bebem até ficarem totalmente inebriadas.
A especulação comercial instiga os consumidores a comprarem peixes de diversas espécies com preços exorbitantes e bebidas caras, assim como, chocolates e outras guloseimas. Enfim, apenas, as pessoas mais idosas e religiosas tendem a compreender o significado real da Semana Santa porque foi um valor passado de uma geração menos consumista e mais religiosa.




 
 

 


AUTISMO É DOENÇA?



Autismo - Dr. Arthur Frazão (Médico)

O autismo é uma disfunção do desenvolvimento onde a criança não consegue estabelecer relações sociais normais e não desenvolve uma inteligência normal, prefere ficar sozinha, não faz carinhos ou afagos, evita o contato visual, resiste a mudanças, torna-se excessivamente ligada a objetos familiares e pode repetir continuamente certos atos.

Sintomas do autismo

Os sintomas do autismo incluem:
  • Mal comportamento;
  • Distrações;
  • Pode haver convulsões;
  • Desempenho intelectual irregular ou acima da média;
  • Frieza emocional;
  • Cegueira mental: não saber como iniciar, manter ou terminar uma conversa, por exemplo;
  • Fala ausente ou afetada até os 5 anos de idade;
  • Pode haver birras ou agressividade.
Os sintomas do autismo geralmente persistem durante toda a vida, porém a terapia comportamental pode ajudar as crianças a aprender como se comportar em casa e na escola.

Causas do autismo

As causas do autismo ainda não foram totalmente esclarecidas mas sabe-se que ele pode estar relacionado à situações como:
  • Distúrbio genético;
  • Infecção viral;
  • Fenilcetonúria.
Embora sua causa exata seja desconhecida, sabe-se que é mais comum em meninos do que em meninas.

Diagnóstico do autismo

O diagnóstico do autismo deve ser feito pelo médico psiquiatra após observar o indivíduo e realizar testes que ajudam a detectar a síndrome. Apesar do diagnóstico ser mais comum na infância, por volta dos 2 ou 3 anos de idade, o autismo pode ser diagnosticado em qualquer idade.

Tratamento do autismo

O tratamento para o autismo não cura a síndrome mas pode ajudar o indivíduo em alguns aspectos, controlando alguns sintomas da doença e consiste na toma de medicamentos e psicoterapia.

Características do autismo

Algumas características do autismo que podem ajudar no seu diagnóstico são:
  • Relacionamento interpessoal afetado;
  • Riso inapropriado;
  • Não olhar nos olhos;
  • Frieza emocional;
  • Poucas demonstrações de dor;
  • Gostar de brincar sempre com o mesmo brinquedo ou objeto;
  • Dificuldade em focar-se numa tarefa simples e concretizá-la;
  • Prefere ficar só em vez de brincar com outras crianças;
  • Aparentemente não ter medo nenhum de situações perigosas;
  • Ficar repetindo palavras ou frase em locais inapropriados;
  • Não reponde quando é chamado pelo nome como se fosse surdo;
  • Acessos de raiva;
  • Dificuldade em expressar seus sentimentos com fala ou gestos.
Apesar de nem todas estas características estarem presente na mesma criança é comum que várias delas sejam observadas antes do 2 anos de idade.  

Autismo tem cura?

O autismo não tem cura, mas o tratamento pode melhorar a qualidade de vida do indivíduo e da sua família e por isso é importante seguir as orientações do médico e buscar ajuda psicológica e grupos de apoio.